Desafios da Participação das Mulheres como Cabeças de Lista nos Partidos Políticos nas Eleições


Desafios da Participação das Mulheres como Cabeça de Lista nos Partidos Políticos nas Eleições 

Desde 1994, Moçambique realizou em Outubro de 2019 suas sextas eleições gerais os dados do recenseamento eleitoral de 2019 disponibilizado pelo STAE mostram que uma porcentagem maior de eleitores recenseados era de mulheres (53,38) em comparação com homens (46,62%) ao mesmo tempo.

Observações recentes e outros dados sobre eleições anteriores também disponíveis no STAE mostram que a abstenção de eleitores tem aumentado desde as primeiras eleições gerais. 

Temos uma pesquisa que mostra que nenhum partido cumpre os 5% que deve aplicar no fortalecimento de candidaturas de mulheres. É fruto da sociedade patriarcal essa resistência, incentivo dos partidos é muito pequeno. 

Há uma resistência interna", disse Roberta Laena Costa Jucá, que apresentou a pesquisa "O não lugar da política: as candidaturas fictícias de mulheres na disputa eleitoral". O estudo — que virou livro em 2020 — foi baseado em entrevistas com mulheres candidatas fictícias nas eleições municipais de 2018 no Ceará.

Para Roberta Jucá, o machismo e a resistência dos homens às candidaturas femininas desencorajam a participação delas na vida política do país. "Não é que não há mulheres interessadas. Os partidos fazem pouco para incluí-as", afirma a especialista. 

Roberta explicou que a política de cotas, criada como forma de corrigir a sub-representatividade de gênero e aumentar a quantidade de mulheres candidatas, tem sido fraudada por meio das candidaturas fictíciasAfinal, as mulheres nem sempre tiveram direito ao voto, mas, devido à mobilização social, hoje elas podem votar. 

Durante muitos anos, as mulheres não podiam sequer ir à escola nem trabalhar e muito menos exercer seus direito políticos. Somente no início do século XX, as mulheres organizadas foram para as ruas pedir o sufrágio. Sufrágio é o direito de exercer o voto conquistado pela população, mas, só depois que os homens já votavam, é que as mulheres puderam votar também. 

Se vivemos em uma democracia, o certo seria que todos tivessem direito ao voto. Como é agora, sufrágio universal. Ou seja, todos podem votar e ser votados. Sem nenhuma restrição. Mas para saber melhor porque todos temos direito ao voto, vamos entender nosso sistema político e a representação.

A organização “Elas no Poder”, juntamente com o canal da Câmara dos Deputados, fez uma série de vídeos para incentivar as candidaturas femininas. 


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